047 A falta de evidência científica e os defensores da PNL

A falta de evidência científica e os defensores da PNL

A Programação Neurolinguística (PNL) é amplamente utilizada em áreas como coaching, desenvolvimento pessoal e treinamentos corporativos.

A falta de evidência científica e os defensores da PNL

Apesar de ser utilizada em áreas como coaching, desenvolvimento pessoal e treinamentos corporativos, sua eficácia carece de comprovação científica robusta. Muitos de seus conceitos, como o mapeamento de padrões de comportamento e a relação entre linguagem e resultados, baseiam-se em observações práticas e relatos de sucesso, mas não possuem validação empírica consistente.

Essa falta de evidência científica decorre, em parte, da ausência de uma base teórica sólida e da dificuldade de replicar resultados em estudos controlados. Além disso, algumas premissas da PNL, como a ideia de que mapear modelos mentais pode levar ao sucesso universal, são difíceis de medir objetivamente. Ainda assim, há relatos de pessoas que afirmam ter obtido benefícios ao aplicar suas técnicas, sugerindo que a PNL pode ser subjetivamente útil para aprimorar a comunicação, a autoconfiança e a definição de metas.

Criada na década de 1970 por Richard Bandler e John Grinder na Califórnia, a PNL propõe uma conexão entre processos neurológicos (neuro), linguagem (linguística) e padrões comportamentais aprendidos (programação). Seus criadores alegam que esses padrões podem ser modificados para alcançar objetivos específicos e que é possível “modelar” habilidades de pessoas excepcionais para replicá-las em outras. Eles também afirmaram que a PNL pode, em poucas sessões, tratar problemas como fobias, depressão, doenças psicossomáticas e até mesmo condições como miopia e alergias.

Apesar dessas alegações, a comunidade científica considera a PNL uma pseudociência. Pesquisas apoiam que a PNL geralmente possui falhas metodológicas, enquanto estudos mais rigorosos não conseguem corroborar as alegações extraordinárias de seus defensores.

Embora a PNL não seja regulamentada nem amplamente aceita pela ciência, ela continua a ser utilizada em contextos como hipnoterapia, seminários e treinamentos corporativos. Por isso, é importante verificar a formação e experiência de profissionais que aplicam suas técnicas. Mesmo sem validação científica consistente, a PNL é vista por alguns como uma ferramenta prática e eficaz, dependendo da habilidade e dedicação de quem a utiliza.

Desenvolvimento inicial

De acordo com Bandler e Grinder, os cocriadores da PNL, esta compreende uma metodologia denominada “modelagem”, além de um conjunto de técnicas que derivaram de suas aplicações iniciais. De tais métodos que são considerados fundamentais, eles derivaram muitos do trabalho de Virginia Satir, Milton Erickson e Fritz Perls.

Bandler e Grinder afirmam que sua metodologia pode codificar a estrutura inerente à “magia” terapêutica realizada em terapia por Perls, Satir e Erickson e, de fato, inerente a qualquer atividade humana complexa e, a partir dessa codificação, a estrutura e sua atividade podem ser aprendidas pelos outros.

Bandler e Grinder explicam que usaram seu método de “modelagem” para estudar Virginia Satir e desenvolver o que chamaram de “metamodelo”. Esse modelo ajuda a coletar informações e questionar a linguagem e o pensamento de um cliente. A ideia é identificar distorções na linguagem, detalhar generalizações e recuperar informações omitidas, usando conceitos de gramática para compreender melhor o que a pessoa realmente pensa ou sente. Isso, segundo eles, pode trazer benefícios terapêuticos. Além disso, também adaptaram técnicas como “ancoragem”, “Ponte ao futuro” e o uso de “sistemas representacionais” da abordagem de Satir.

Já o “modelo Milton”, baseado na linguagem hipnótica de Milton Erickson, foi descrito por eles como mais vago e metafórico. Esse modelo é usado junto com o Metamodelo para criar um estado de “transe” e oferecer sugestões terapêuticas de forma indireta.

Comercialização e avaliação

No final dos ano 70, o Movimento do Potencial Humano se desenvolveu para uma indústria e forneceu um mercado para algumas ideias da PNL. Satir era um líder inicial e Bateson era professora convidada. Bandler e Grinder alegaram que além de ser um método terapêutico, a PNL também era um estudo de comunicação e começou a comercializá-la como uma ferramenta de negócios, alegando que “se algum ser humano pode fazer qualquer coisa, você também pode”.

Depois de 150 estudantes pagaram US $ 1.000 cada um para uma oficina de dez dias em Santa Cruz, Califórnia, Bandler e Grinder desistiram da escrita acadêmica e produziram livros populares das transcrições dos seminários, como Frogs into Princes (Sapos em Príncipes) que vendeu mais de 270.000 cópias. De acordo com documentos judiciais relativos a uma disputa de propriedade intelectual entre Bandler e Grinder, Bandler ganhou mais de US$ 800 mil em 1980 a partir de oficinas e da vendas de livros.

A comunidade de psicoterapeutas e os estudantes começaram a se formar em torno de Bandler e seus trabalhos iniciais de Grinder, levando ao crescimento e propagação da PNL como uma teoria e prática. Por exemplo, Tony Robbins treinou com Grinder e utilizou algumas ideias da PNL como parte de seus próprios programas de auto-ajuda e motivacionais. Bandler liderou vários esforços infrutíferos para evitar que terceiros fizessem uso da PNL. Enquanto isso, o crescente número de praticantes e teóricos levou a PNL a se tornar ainda menos uniforme do que era em sua base.

Crítica científica

Enquanto alguns praticantes de PNL argumentaram que a falta de apoio empírico é devido à insuficiência de testes de pesquisa na PNL, o consenso científico é de que a PNL é pseudociência e que as tentativas de descartar os resultados da pesquisa com base nesses argumentos “constituem” uma admissão de que a PNL não tem uma base de dados e que os praticantes de PNL estão buscando uma credibilidade post-hoc.

Pesquisas na comunidade acadêmica mostraram que a PNL é amplamente desacreditada entre os cientistas.  Entre as razões para considerar PNL uma pseudociência é que as evidências a favor dela são limitadas a  testemunhos pessoais, que não é informada pela compreensão científica da neurociência e lingüística. Na educação, a PNL tem sido usada como um exemplo típico de pseudociência.

Associações, certificação e padrões de profissionais.

Os termos Programação Neurolinguística e PNL não pertencem a nenhuma pessoa ou organização, não são marcas registradas e não possuem uma autoridade central que regule sua instrução ou certificação. Qualquer pessoa pode se autodenominar “Mestre em PNL” ou “Treinador Mestre em PNL”, e há diversas associações que oferecem certificações sem critérios padronizados.

O treinamento em PNL varia muito em profundidade e abrangência, e há discordâncias dentro do campo sobre o que deve ou não ser considerado PNL. Como não existem práticas “oficiais”, autores, treinadores e praticantes desenvolveram suas próprias abordagens, conceitos e rótulos, frequentemente usando o nome PNL. Isso resulta em uma grande diferença na qualidade e nos padrões dos treinamentos disponíveis.

Diferentemente de áreas como neurociência, psicologia, psiquiatria e neuropsicologia, a PNL não se apresenta como uma substituta para métodos terapêuticos tradicionais. Trata-se de uma teoria ou conjunto de técnicas, e sua validade científica é frequentemente questionada.

No contexto científico, o método empírico baseia-se na coleta e análise de dados observáveis por meio de experimentos, observações ou pesquisas, o que contrasta com a abordagem da PNL, que carece de validação empírica rigorosa.

Conclusão:

A PNL se baseia no método empírico para desenvolver suas teorias e técnicas. Seus fundadores, Richard Bandler e John Grinder, observaram os padrões de linguagem e comportamento de pessoas bem-sucedidas em diferentes áreas, como a terapia, a comunicação e o esporte, para, então, desenvolverem técnicas para ajudar as pessoas a replicar esses padrões e melhorar seu desempenho. Assim, esta ferramenta tem sido aplicada a uma ampla gama de áreas, incluindo terapia, educação, negócios e esportes.

Sobre PNL e Isaac Santos

“A PNL é uma ferramenta que pode ser usada para modelar a excelência humana e para promover mudanças positivas no comportamento” baseada em princípios científicos, mas também reconhece que ela é uma disciplina em desenvolvimento e que ainda há muito a aprender  a respeito. É importante conhecer o profissional e a metodologia aplicada para se obter um resultado positivo. Por isso é preciso separar a técnica PNL, da ética de algumas pessoas que a utilizam. Saiba mais sobre a ética na aplicação da PNL

 

Isaac Santos, é uma das maiores autoridades  da PNL no Brasil. Fundador do IAS Instituto, já impactou positivamente a vida de mais de 25.000 alunos no Brasil e ao redor do mundo através de seus treinamentos presenciais e online! Formado diretamente pelos cocriadores da PNL no mundo, os Drs. Richard Bandler e John Grinder, Isaac Santos passou por todos os estágios necessários para se tornar um TRAINER INTERNACIONAL em PNL.

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